domingo, 25 de março de 2012

Secretário Municipal de Cidadania, Visita o Grupo Aliança de Amor

Nesta quinta feira dia, por volta das vinte horas, fomos Agraciados com a visita do recém empossado Secretário Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Dimas Gonçalves como também o novo  Secretário da Saúde e toda a equipe de profissionais ligados ao SOS Rua para uma visita na Casa da Cidadania (Terminal Central), onde o grupo Aliança Amor  e  Web Rádio Pietá são os  responsáveis  todas as quintas feiras pela produção e doação de refeições a População em Situação de Rua, que em Dezembro de 2011 atingimos a marca de 76.000 Refeições Produzidas e Doadas.
Esta visita foi muito importante para nós como também para todos os grupos que ali doam refeições para esta população de doentes, dependentes químicas usuários de Crack e outras Drogas.
Onde o poder publico pode presenciar de perto a situação que se encontra nossa Campinas com relação a estes usuários de todos os tipos de drogas que ali permanecem ou somente passam para se alimentar, fazer sua higiene pessoal através de banhos com doação de vestuários e calçados oferecidos pela ação voluntaria de vários Grupos
Acreditamos que  após nossas denuncias e reenvidicações feitas ao poder publico muita coisa vai ser realizada para que possamos fazer um enfretamento a todos os  usuários de drogas, com uma socialização mais digna com adentimento feito por profissionais de todas áreas  envolvidas nesta questão Cracolândia  de Campinas.
Somos cientes sim que nossa População de Contribuinte com seus impostos na cidade de   Campinas, merecem um tratamento também mais digno na Área da Saúde, mas também não podemos deixar de lado está população de dependentes químicos e de todas as outras drogas muitos são filhos desta cidade , que nós mesmos o rejeitamos. Se não juntarmos força com toda a População de Campinas ,independente de Partidos Políticos de quem os indicou para assumirem estes cargos, tornaremos cada vez mais prisioneiros em nossas residências , e a droga continuará  atraindo  os nossos filhos para se tornarem usuários e traficantes .






Secretário de Cidadania acompanha equipe de abordagem de rua



O secretário municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Dimas Gonçalves foi a campo na noite desta quarta-feira, dia 14 de março, para conhecer os serviços da Pasta que atendem as pessoas que vivem em situação de Rua em Campinas. O grupo que o acompanhou saiu do Paço Municipal às 18h30 e retornou às 22 horas. O itinerário incluiu Albergue Municipal, Casa da Cidadania, arredores da Catedral Metropolitana, Basílica do Carmo e Mercado Municipal.

Gonçalves conheceu as dependências do albergue - dormitórios, cozinha, refeitório e área externa - onde conversou com alguns usuários e servidores que atuam no serviço. Na seqüência o grupo passou pela Casa da Cidadania onde entidades sociais oferecem, durante toda a semana, o jantar para a população de rua que procura o serviço.

O secretário também acompanhou as equipes durante as abordagens no entorno da catedral, igreja do Carmo e mercadão. “A abordagem é cuidadosa e a equipe tem vínculo com as pessoas em situação de rua. Eles (moradores) conhecem nossos técnicos e monitores pelo nome, mas ainda temos muito trabalho a fazer”, constatou.

O que mais chamou a atenção do novo titular pasta foi à presença de usuários de crack junto aos moradores de rua. “Até os moradores de rua estão percebendo que está chegando um pessoal diferente, eles estão se sentindo ameaçados por essas caras novas que estão chegando”, disse.

Diante desse cenário, o secretário afirmou que, com base no Plano Nacional de Enfrentamento ao crack e outras Drogas, as áreas envolvidas com esse fenômeno estão preparando um plano de ação conjunta que será apresentado ao prefeito Pedro Serafim e, após sua anuência, colocado em prática































Nesta quinta feira dia, por volta das dezenove horas, subi a Rua Barreto Leme e, ao cruzar a Avenida Barão de Jaguará, deparei-me com uma cena urbana que choca a todos. Evoluímos, mas não o suficiente para livrar nossos semelhantes da praga da dependência química. Estou me referindo ao crack, que, assim como outras drogas, invade os lares, desestrutura famílias e seqüestra a juventude na fase mais vulnerável.

Na calçada estreita, passagem obrigatória para os transeuntes que ladeia a Caixa Econômica Federal, dois jovens obstruíam o caminho embrulhados num cobertor. Busquei o semblante dos indivíduos. Os faróis dos carros ajudaram-me a enxergar os trapos humanos. Rostos sem alma, desfigurados. Olhos esbugalhados. Aparência de zumbis. Corpos sujos e fétidos. Verdadeiros flagelos humanos. Ignoraram-me completamente.

A Praça Dr. Quirino, localizada entre Sacramento, Tomaz Alves e Barão de Jaguará, virou point da juventude. A confraternização pública normalmente é regada à cerveja, refrigerante, cachaça e petiscos. Foi o que pude perceber. Com passo manso, cruzei a praça. Carros se enfileiravam em busca de estacionamento. Esbarrou comigo uma figura fantasmagórica em busca de moedas. Fui abordado pela geração crackeana. Ele pedia a quem estivesse pela frente.

Não precisa estar na cena para ver o que vi. As notícias têm sido recorrentes na mi dia de maneira geral sobre o drama dos viciados em crack. Assistimos todos os dias pela televisão. Campinas não está imune. Temos também uma geração crackeana vagando pelas ruas.

Para quem gosta de explicação: segundo a revista Veja, da Editora Abril, edição 2.253, de 25 de janeiro 2012, o “crack provoca no cérebro o aumento da dopamina, neurotransmissor que regula a sensação de bem-estar”. Pois bem, essa droga é facilmente encontrada e atinge homens e mulheres. Não escolhe classe social: pobres e ricos se igualam na trajetória da autodestruição.

O crack tira de quem é viciado a alma, o encanto, a moral, a consciência, a aparência, o orgulho, a família, o lar, os amigos, o corpo e a vida. Seu poder é impressionante. De acordo com a revista, a droga faz aumentar o nível de dopamina no cérebro em 900%, enquanto que a comida o faz em 50%, o álcool 90%, o sexo 100% e a cocaína 230%.

Uma pedra, cujo efeito é devastador, custa R$ 5,00. Ao término do uso de uma, segue-se o drama de buscar mais outra. A procissão dos viciados pelas Cracolândias retroalimenta a engrenagem que movimenta a criminalidade.

Não dá para se conformar com as atitudes negligentes como a que está sendo administrada neste drama urbano. O Estado trata a questão como caso de polícia. Pretende apenas a recuperação do espaço urbano instalando a ordem. Tangencia o flagelo humano. A polícia definitivamente não é solução para o problema. Ela só contribui para que os viciados não confiem no Estado, ficando distante dos serviços de saúde.

São doentes, dependentes químicos, que precisam de ajuda. É caso de saúde pública. A internação compulsória para os crackeanos tem que ser exercida, eles precisa ser assistidos por profissionais de saúde e de assistência social. Cumpre ao Estado combater o vício e apresentar política pública de amparo ao viciado. Cada real investido na recuperação dos viciados trará economia na assistência da saúde.

Duas horas depois retornei pelo trajeto inverso. Os casais já se tinham ido. Num canto de um quiosque duas meninas se acariciavam. Num veículo com as quatro portas abertas, ao som de Exalta samba, dois garotos recitavam o refrão da música “pois não foi em vão/não foi em vão/o vento vai trazer/você pra mim”.

Azaravam uma jovem que exibia a nudez de suas coxas bem torneadas, convidando-a a entrar no veículo. A discrição não era preocupação daqueles jovens. Os gestos e as palavras denunciavam embriaguez. Retardei os passos. Constatei que ela se rendeu à azaração dos dois garotos e entrou no carro com destino ignorado. Lá se foi o Exalta samba embalar os desejos juvenis.

Mais à frente, avistei os ‘noias’. Já eram cinco em busca de moedas. Aquelas pessoas são advertências à sociedade. Ainda segundo a revista Veja, “Há dez anos 200 mil brasileiros haviam tido contato com o crack. Em uma década, esse número saltou para 800 mil”. Trata se de uma epidemia urbana. Se não tivermos capacidade de conter a escalada da “crack dependência”, a coisa se complicará – se é que já não se complicou.
Marionaldo Maciel  Coordenador do Sindicato dos Servidores de Campinas

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